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Grêmio

01/09/2022

O 7 do seu Valdir

Foi meu pai quem me ensinou a amar Renato Portaluppi. Ele foi o maior gremista que eu já conheci, e não perdia uma oportunidade sequer de falar do time e, claro, do número 7 que aprendeu a idolatrar. Vivia o gremismo em um nível muito acima do que costumo ver por aí. E, desde que nos deixou, nunca topei com outra pessoa que levasse uma camisa tão a sério como ele. Tendia ao exagero típico dos apaixonados, e a passionalidade que acompanha o futebol.


Discutia com quem diminuísse o clube, relembrava a história, títulos, classificações, personagens. Tudo com dados, fundamentos. Jamais permitiu que falassem mal do time que havia lhe dado algumas das maiores alegrias que sentiu na breve vida. E as principais entre as maiores, quem escreveu foi Portaluppi. E seu Valdir enchia boca e coração de orgulho para falar isso. Sem saber, e na pressa sem escolha de partir, não viu que ensinou o filho a fazer o mesmo. O jornalista Baldasso que criou também vive para defender Re nato.


Eu não tenho o mesmo conhecimento acerca de Grêmio da enciclopédia que era meu pai. Mas sou um renatista de carteirinha. Como sou sócio com a mesma carteira há muitos anos. Admirar Renato e reconhecer o que ele fez pela instituição é quase um dever de filho. Me sinto na obrigação de defender a memória do Homem Gol, porque com isso sustento, também, o legado do gremista que se foi.


O retorno de Renato, que novamente aceita uma convocação do clube, faz bem para os gremistas, e nos dá a chance de voltarmos a nos sentir em casa, com a ousadia de sonhar. Vivemos um dos nossos piores momentos. A Série B é a realidade, e o retorno à Primeira Divisão precisa ser muito lutado para que se confirme. Mas o homem da estátua permite que a felicidade retorne também em meio ao caos.


O maior de todos não precisa provar nada. Foi campeão em campo, foi campeão na casamata. Inflama os tricolores, incomoda os vermelhos. Mas a chegada em meio à turbulência da Segundona e com a obrigação como desafio serve também para comprovar que pode até ter gremista do mesmo tamanho de Renato, mas nunca haverá maior. Somente seu Valdir, que lá do céu sorri feliz por ter o seu camisa 7 em casa de novo.

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