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Grêmio
26/01/2022
Recomeço sem amargura
Toda esta vida é recomeço. Às vezes se recomeça por necessidade, outras porque o tombo foi maior do que a força de permanecer de pé. Recomeçamos quantas vezes for necessário. Debaixo de chuva ou num calor de 40 graus. Não importa o que tem lá fora, porque o recomeço se faz de dentro, do que bate sem ninguém ver. Porque nascemos com o dom de tentar quantas vezes o coração pedir. E, quase sempre, recomeçamos porque alguém caminha com a gente.
A vida que recomeça para o Grêmio nesta quarta tem justamente essa marca. O ano horrível que viveremos, que castiga quem não merece apanhar, inicia com um gosto ruim, mas nunca de amargura. Porque tal palavra não cabe na Arena, como nunca coube no Olímpico. Uma palavra que não sai da boca e jamais estaciona na alma de um gremista.
O 2022 que se abre desde o Gauchão será difícil, pesado, arrastado, ingrato, tenebroso. Discutiremos entre nós, vamos nos irritar com direção, com jogadores, com arbitragem, com Deus e o mundo. Mas jamais estaremos amargos. Ficaremos tristes para depois sorrir, gritaremos para depois abraçar. Torceremos enquanto não paramos de cantar. E jamais viveremos de amargura.
O Grêmio ainda em pedaços fingindo que terá um ano glorioso pela frente começa sua temporada logo mais. O torcedor sabe que não será assim. Não compramos a bagunça que atualmente impera entre as quatro paredes que decidem o presente do clube. Eles não respondem pelo passado e não estarão no futuro. Mas nós estivemos e lá estaremos. Assim como vamos estar na Arena nesta noite. Os que não podem pisar no estádio, estarão juntos no grito e na alma de onde puderem. Porque viemos do bairro da Azenha, e conhecemos muito bem o sentimento que mora em um recomeço que, quando veste tricolor, jamais será amargo.
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