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Grêmio

08/12/2021

Onde só o Grêmio importa

Eu não sei qual vai ser o resultado da última rodada do Campeonato Brasileiro. Se o Grêmio vai fazer a sua parte e, apesar disso, ser castigado pela própria incompetência de depender de adversários que têm nada a ver com ela, e vê-los festejar não a nossa tragédia, mas a alegria de terem sido minimamente mais competentes. Ou se vamos ganhar e, num conjunto possível de sortes, comemorar o alívio da permanência na Série A, mesmo que o merecimento seja bastante discutível. Os placares e o nosso destino são pano de fundo nesta hora. Seguiremos gremistas, como sempre fizemos, independentemente do desfecho.

A única certeza que tenho é que eu vou estar no estádio na partida que vai decidir o futuro do meu time para os próximos anos. Porque uma queda para a segunda divisão não representa somente um ano de inferno, de finanças destroçadas, de incertezas a cada rodada. Jogadores medianos como salvação e partidas tão prazerosas de assistir quanto um velório num sábado à tarde.

É uma retomada dolorosa, sofrida, que não passa da noite para o dia. São anos de recuperação, feridas tentando ser curadas em um fosso de onde sair não depende só de camisa, história e tradição. É preciso muito trabalho e, às vezes, contar com a boa vontade dos deuses do futebol. Já estivemos lá, e sabemos muito bem a realidade que espera quem, ao final da quinta-feira, for dormir com o rebaixamento deitado na cama.

É para tentar evitar esse destino que eu estarei na Arena. Não porque sou mais gremista dos que aqueles que não poderão ir. Por escolha ou oportunidade. Mas porque naquele lugar eu sei ser feliz. Lá eu aprendi a deixar o mundo do lado de fora. Ali, naquele estádio, só o Grêmio importa. E, num momento de tamanha importância, decisivo como poucos os que o clube viveu nos últimos anos, eu preciso estar no lugar onde nada mais importa. Onde o tricolor precisa de quem chora e vibra por ele, não por dirigentes ou jogadores.


Muita gente não vai conseguir fazer o mesmo. A vida, os compromissos, família, trabalho, distância. Não sou eu quem vai julgar as razões de muitos gremistas não estarem lá. A vida real costuma vir bem antes do nosso planejamento. Mas quem puder, quem ainda está em dúvida, precisa deixar desconfiança e raiva para depois. Relevar as trapalhadas de quem precisava acertar. E estar lá. Comigo e outros todos.

Quando o jogo, a rodada e o Brasileirão acabarem, saberemos o que nos espera em 2022. Até lá, apoiar e acreditar é o que nos cabe. Até lá, o impossível não nos visita. Somos do Grêmio. E podemos até conhecer essa palavra, mas não costumamos dar muita razão para ela.

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