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É loucura ou pura ingenuidade imaginar que nossos demônios e medos podem ir embora, que nos livraremos de todos algum dia. 

Quem chega sem convite algum, não entende apelos para ir embora. 

O que nos cabe é conviver com cada um deles, viver para acalmá-los, quem sabe até convidar para uma cerveja, uma dança no meio da noite. 

Mostrar que sabemos seus nomes e do que são capazes.

Para que, quando insistirem em querer falar mais alto, deem com a porta na cara. 

Eles podem até permanecer para sempre, mas só ficam maiores do que nós se essa for a nossa escolha.