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Crônicas
13/12/2021
A gente de Farroupilha
Como é a tua cidade? Grande, modesta? Cheia de verde ou pintada de concreto? Um pouco de tudo? E quem vive nela?
Lá tem o que te faz feliz? Ou é apenas uma lembrança boa do passado? Quanta fé ela carrega?
Eu só pergunto tudo isso porque hoje levantei da cama pensando na minha. E sentindo falta, claro. É que o lugar de onde eu vim está de aniversário. Mais um ano de uma marcante vida. São 87 de histórias de gente, que é o que forja qualquer lugar.
A minha Farroupilha para muitos é um passado que ficou para trás. Ali, cresceram sem encontrar o que precisavam, e partiram logo que a vida e alguns permitiram. Para outros, é a morada que tanto sentido faz, talvez único possível. Onde se ri, trabalha, reza, machuca e retoma. Mas segue, porque o novo dia também ali chega.
Para mim, que tenho aversão aos rótulos únicos, ela é a minha Farroupilha. Cheia de rostos e estilos. Que muda conforme o espírito de quem a respira. A minha saudade, o meu presente. De onde venho e volto. Conheço cada rua, cada canto. Andei por todos os lados, falei com toda a gente. Os ricos e os que só tem dinheiro. Os que mudam vidas e quem prefere ver ela passar. Gente que busca, encara, inventa sonhos para si e para os outros. Gente simples, gente arrojada. Referências e anônimos. Ídolos públicos e heróis dentro da própria casa.
Fui muito feliz conhecendo e respeitando realidades completamente diferentes, mas sempre de pessoas que só queriam, no fundo, ser felizes, e fazerem felizes os seus.
Entre todos eles, entendi que não vamos embora ou escolhemos ficar pela cidade, mas pelos que a constroem. A minha Farroupilha tem a minha gente, e é só o que eu preciso para ter ali o melhor lugar do mundo. Onde posso não estar, mas vou para sempre morar.
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